Nascimento do mundo
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 A Princesa Do Alvorecer

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Vepa
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MensagemAssunto: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 8:58 am

Bem essa história é sobre uma personagem minha de RPG. Ela é irmã de um dos protagonistas e uma das vilãs mais fortes, anyway, dá pra entene u_U
A Princesa Do Alvorecer

Capítulo 1:
Zero.


-•-

Estava sentada nas sombras de uma árvore, lendo um livro sobre as fadas. Desde pequena aquelas criaturas captavam sua atenção. Era uma bonita tarde de primavera, e como todo o sempre, Sophie estava sozinha, enquanto seu irmão gêmeo brincava com os primos.

A pequena garota de cabelos loiros suspirou e fechou o livro. Seu irmão era bonito e popular, além de possuir excelentes dons mágicos sobre o tempo e as trevas. Já ela era um nada. Não era bonita, era GENIAL nas teorias, mas quando se tratava de prática bem... Ela nunca fora capaz de realizar uma magia.

E graças a isso sofria nas mãos de algumas pessoas.

Sophie sonhava que um dia seria como sua mãe, a mais forte dos Waysaky ou como seu pai, Soror. Ela só queria ter um pouco de magia, mas daquele jeito, era quase impossível.

Alguém puxou o livro de suas mãos.

-Lendo sobre fadas de novo?- Perguntou uma garota de cabelos loiros e olhos azuis. - Sophie, você já tem 12 anos!

-E daí Lyzz?-Perguntou para a prima levemente irritada. -Me deixa em paz!-Disse se levantando e puxando o livro de volta.

-Desse jeito você nunca vai deixar de ser a Zero. - Lyzz disse com certa frieza.

Sophie estancou no mesmo instante, mas não ousou levantar os olhos. Leves lágrimas rolaram pela suas maçãs, e a Lyzz se arrependeu do que disse.

-Priminha, desculpa, eu não queria... -Mas fora interrompida logo de cara por uma voz triste, quase histérica.

-MAS CHAMOU!-Ela gritou e girou para a prima, fazendo o vestido preto rodar um pouco também, o cabelo loiro claro caindo sobre os olhos. – VOCÊ, AXEL E DEMITRI SÃO IGUAIS A ELES!-Disse saiu correndo por dentro da floresta que era perto dali.

Correu ao mesmo tempo em que chorava. Segurava o livro com força, mas tropeçou num galho e caiu num barranco, acabou em cima de espinhos, machucando todo seu corpo. Levantou-se com dificuldade e jogou-se no chão.

-Que droga... -Murmurou e colocou-se de joelhos. Seu rosto tinha alguns cortes que sangravam e suas roupas estavam rasgadas.
Levantou os olhos e observou o lugar a seu redor, ela nunca estivera ali antes. Era uma em forma de um círculo perfeito, as árvores eram altas e bloqueavam um tanto passagem do sol que entrava por alguns furos nas folhagens, dando ao lugar um tom místico e sombrio.

Levantou-se e olhou ao redor, surpresa com aquele lugar.

-Lindo... -Disse e colocou a mão dentro de uns feixes de luz que iluminavam a clareira, e lembranças horríveis invadiram sua mente. Pessoas ao redor dela, jogando coisas nela e gritando a palavra “Zero”.

Sophie caiu no chão e desabou em lágrimas que caíam suavemente sobre o livro. Ela estava tão perdida em suas trevas internas, não notou que começou a acontecer um eclipse, e as luzes que adentravam a clareira se centraram nela. Um símbolo mágico roxo com uma runa no centro apareceu ao redor dela.

Os olhos azuis se abriram e Sophie olhou ao redor, chocada com tudo, seu corpo emanava uma luz negra e ela sentia poder correndo em suas veias. Fechou os olhos e levantou as mãos, e no extinto, gritou:

-Reequipar!-De repente um raio de trevas caiu em cima dela em suas mãos, tomou forma de uma espada, a garota rodou-a com uma mão e a segurou com duas a sua frente. A lâmina brilhava, era negro-azulada e feita de metal, o possuí um fio afiado, entre o cabo e a lamina, havia um diamante negro. Já nela mesma, era uma armadura negra, com longas asas de morcego e no cabelo loiro liso e longo havia um diadema negro.

Sophie olhou para si mesma sem compreender o que tinha acontecido. Ela ficou encantada com o poder, principalmente com a espada em suas mãos.

-A armadura Take Over... -Disse uma voz extremamente sedutora, mas suave por detrás da guerreira. –Finalmente. - Sophie se virou assustada e levantou a espada em direção a voz, mas quando a pequena deu um tempo para observar direito, seu coração quase parou.

O garoto não passava de seus dezenove anos. Tinha cabelos longos loiros brilhantes, presos em uma trança e caindo sobre seu ombro. Possuía olhos azuis safiras, pele branca e um corpo atlético. Usava uma capa preta, blusa branca e calças também negras. Seus braços e pés tinham tatuagens negras e estava descalço. Tinha também longas asas de demônio.

-Que-quem é você?- Ela perguntou com uma voz falha.

Ele apenas sorriu para ela.

-Sou o Filho do Alvorecer, a Estrela da Manhã, Lúcifer o senhor do Sheol. -Disse calmamente e olhou para Sophie no fundo dos olhos. -E a partir de hoje, seu mestre.




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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 9:06 am

Gostei bastante, bela descrição, continue @
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 10:00 am

Está mesmo bonito, quero mais ^^ há fotos? '-'
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 10:05 am

Bem, tenho os chars, no caso Lúcifer e Sophie Criança, mas eu realmente não os desenhei o_o'
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 10:34 am

Capítulo 2: O Nascer de uma Guerreira.

Sophie olhou para Lúcifer, com um misto de pavor e admiração. Sua aura era algo incrível, que a dona dos olhos azuis nunca tinha visto igual, com aquela presença quase divina diante dela, até as plantas pareciam curvar-se diante dele.

Ele olhou para a pequena e sorriu, parecia satisfeito com sua nova pupila. Estalou os dedos e apareceu um belo trono feito de crânios, sentou-se nele e achou uma posição confortável. Fechou o punho sobre o queixo e deu um sorriso de lado.

-Então, Sophie Sterling Rainsworth Artwaltz. –Disse, sua voz era suave. - Não precisa ter medo de mim pequena, não pretendo fazer-lhe nenhum mal, irei lhe explicar tudo, a começar por seus poderes, não quero ser interrompido, alguma coisa para falar antes de começarmos?

A garota pensou um pouco e perguntou:

-Quero saber por que só ganhei meus poderes agora. -Disse calmamente. A Estrela da Manhã sorriu com igual traquilidade.

-Tudo em seu tempo, pequena. - Falou Lúcifer e começou seu discurso. – Eu venho de outra dimensão, sou um anjo caído, lançado pelos meus próprios irmãos às sombras do Inferno, que chamamos de Sheol. Eu e meus nove duques fomos confinados nas sombras, até o Apocalipse. Quando isso ocorreu, para preservar parte de nossos poderes, colocamos nossas auras em armaduras e elas foram lançadas no cosmo, para aqueles que pudessem fossem possuidores delas. Aqueles que possuíam essas armaduras ganharam um tipo de magia perdida, chamada Take Over, é assim que falam, pois o poder de cada armadura é tão grande que se pode assumir qualquer luta. - Disse calmamente. – Só existem dez armaduras, e você é a última em mais de 900.000 anos que pode vestir uma e a você Sophie, foi concedida a mais poderosa das armaduras. Você possui uma magia do metal que nem mesmo o deus do metal pode controlar, possuí um poder das trevas que pode sucumbir completamente a luz. Seu poder é tão gigantesco, que seu corpo não podia suportá-lo, por isso o despertar tardio. Você é especial pequena, é única.

A loira olhou-o com admiração, ele a achava especial, única! Nem seus pais tinham dito aquilo para ela. Sophie sorriu para o Arcanjo Sombrio, seus olhos brilhavam.

-Então eu sou mais forte que meu irmão?- Indagou a mais nova, com esperança.

-Que seu irmão, Sophie?- Disse e se levantou- Você é mais forte que sua mãe, que seu pai, que sua tia e tio! Você possui um dos maiores poderes de todo o Universo!-Disse e voou até ela, segurando-lhe o queixo. - E eu estou disposto a ajudá-la a alcançar eu poder máximo, quando isso acontecer, sua força será igualada a dos deuses!

Ela o olhou, parecia decidida e cravou a espada no chão.

-Eu aceito!-Disse em voz alta. O demônio sorriu.

-Vamos começar... -Ele diz e puxa sua espada, Raio da Aurora. – Seu poder sobre o metal adquire outro nome, chamado de Cavaleiro, pois você pode além do controle e manipulação do metal, tem poder para reequipar armaduras, que estão em um arsenal em uma dimensão alternativa, que só você pode acessar. No começo pode parecer difícil, mas com o passar do tempo poderá fazer isso sem nem mesmo falar “Reequipar”.

Ela olhou para o próprio corpo, admirada.

-Seu poder sobre as trevas é uma herança do de sua avó. Sua mãe não o possuiu, só sua tia, nem mesmo seus primos o possuem. Você pode além de controlar energia sombria e fazer as pessoas verem seus piores pesadelos, pode também controlar espíritos dos que já morreram e invocar servos que irão fazer o que desejar. Mas antes de entrarmos na parte mágica, vamos ao básico, tente se defender. -Ele diz e a ataca com a espada. Sophie tenta se defender, mas acaba caindo para trás.

Ela logo se levantou e se pôs de pé, não estava disposta a desistir, brandiu a espada, a face completamente séria. Lúcifer sorriu com a determinação e avançou, ele falava o que ela deveria fazer, a cada golpe que aplicava.

E assim seguiram cada dia Sophie passava suas tardes treinando sua mente, seu espírito e habilidades em combate, mas quanto mais poder adquiria, mais tinha que esconder de todos, por mais que a Estrela da Manhã dissesse a sua eleita que sentimentos como amor e amizade fossem inúteis numa batalha, ela não queria se livrar de seus valores.

E assim, um ano se passou.

-•-


Era inverno, a neve caía graciosamente, enquanto Sophie observava as árvores ficando brancas, sorriu de leve. O dia ainda estava a raiar e não havia aulas, a pupila do Filho do Alvorecer passará o ano inteiro treinando durante tardes e às vezes durante noite toda. Tinha treze anos, era brilhante agora nas artes mágicas, embora houvesse decido que nunca demonstraria sua habilidade em público.

Fechou os olhos e sozinha ainda na penumbra de seu quarto, equipou uma armadura prateada, que possuía longas asas de metal. Saiu pela janela e voou até a clareira, ultrapassou a barreira mística que a protegia e pousou, seu mestre sorriu quando ela tocou o chão e a armadura sumiu.

-A manhã deixa você ainda mais bela, minha princesa. – Quando disse isso, sorriu, fazendo a menina de treze anos corar violentamente, enquanto ele apenas deu um leve sorriso.- Hoje é sua última aprovação. Durante um ano você treinou e ficou mais forte que todos os Duques do Inferno, você Sophie, agora junto a Near Ragnarok, é uma maga de Rank AS. Sua missão é me derrotar.

-Então, acho melhor dar tudo de si, porque eu vou vencer! –Disse e equipou uma armadura negra, com detalhes dourados. Usava algo como headphones de ouro, com asas nos ouvidos. Levantou a mão para cima e uma espada longa, negra com detalhes dourados. Lúcifer sorriu ao ver a armadura.

-Esta armadura... Você derrotou o guerreiro mais poderoso, corajoso e temido, Siegfried, conquistando tanto sua espada a Notung-Disse apontando para a arma. – E duas armaduras forjadas pelos anões ancestrais, a da Valquíria e a que usas, da Astarte. Muito bem, que comece o combate- Dizendo isso abriu suas longas asas de morcego e pegou a Raio da Aurora, avançando contra a aluna.

Lúcifer investiu num golpe forte de direita com sua espada, mas Sophie desviou e lançou um contra ataque violento, que forçou o demônio a lutar a defensiva. A espada banhada em chamas chocou-se com o metal negro, fazendo faíscas saírem do choque entre as armas, colorindo o céu da aurora.

O Filho do Alvorecer abriu vôo, sabendo que jamais ganharia em combate direto. Sophie abriu as asas negras de sua armadura e o atacou. Por mais que tentasse, o poder mágico da garota era incrivelmente poderoso. A Artwaltz recuou um pouco e estendeu a mão para o céu, um círculo mágico apareceu atrás delas, junto a centenas de armas, o interior do demônio gelou.

- Dance Of Swords!- Dizendo isso, todas as armas convergiram ao mesmo ponto: O mestre de Sophie. Depois, quando as armas chegando perto dele libertaram sombras que o prenderam, dentro delas saíra gigantescas estacas de metal que atravessaram Lúcifer, enquanto as outras armas completaram os buracos. – Coffin Of Oblivion!-Dizendo isso, armas se misturam as trevas, causando uma explosão gigantesca.

Sophie pousou com toda a graça no chão, intacta. Seu mestre caiu ferido e faltando-lhe membros, mas logo se regenerou, afinal, era só um espectro. A Estrela da Manhã olhou para a menina e não pode deixar de sorrir.

-Perfeito. Sem falhas e defeitos. Sophie, agora nós esperaremos pelo crepúsculo, quando os espíritos sombrios do plano das sombras se manifestam, faremos o ritual e finalmente, seu treinamento estará concluído. – Lúcifer olhou para os olhos brilhantes dela. Ficará claro para o Arcanjo Sombrio que ela havia se encantado por ele desde o primeiro momento. Isso ele tinha que admitir, fora de vital importância.

Quando Sophie já estava longe, a Estrela da Manhã riu malevolamente, e fitou o céu, esperando o Crepúsculo.

-•-


Era quase noite. Estava na exata hora do crepúsculo quando a filha de Katherine emergiu das sombras da floresta. Àquela hora do dia, a penumbra apossava-se do lugar. Sophie, graças à prática durante anos, podia sentir que o Mundo Espectral caia sobre a clareira.

O Filho do Alvorecer apareceu por trás da menina e abraçou por trás, a loira apenas sorriu e corou levemente, enquanto ele a soltou e andou até seu trono de ossos.

-Já sabes minha pequena. -Dizendo isso estalou os dedos, no chão foi desenhado um círculo com um pentagrama, nas bordas, havia runas de eras antecedentes a criação, brilhando no fogo Roxo, o fogo usado para encantamentos. Sophie reequipou, e no lugar das roupas estava uma camisola de mangas longas de renda transparente, nos ombros mais largas feitas de tecido negro escuro invés de renda, gola alta que ia até o fim do pescoço, e vestido de renda preta e escura, até os joelhos.

Posicionou-se no centro do pentagrama enquanto seu mestre dizia palavras obscuras, que ela não entendia. O fogo roxo consumiu-a. A agonia era incrível, ela tinha vontade de enfiar um punhal no coração e morrer, mas controlou-se. Lúcifer levantou-se do seu trono e caminhou até a menina com um punhal na mão.

Com as garras cortou as roupas das costas dela e cravou um punhal, desenhando um símbolo (N/A: O das costas da de cabelos brancos http://gallery.minitokyo.net/view/471159). Logo depois, o demônio começou a se desfazer, Sophie estava estirada no chão, chorando de dor, sentiu algo entrando no seu corpo e debateu-se. Cenas de morte e tortura tomaram conta de seu ser junto a uma incrível energia negra.

Quando abriu os olhos, caía neve do céu. O fogo havia parado, mas ainda tinha resquícios de que ele havia existido. Colocou-se de joelhos e se abraçou. O Filho do Alvorecer havia sumido, e junto a ele, o trono de ossos. Ela finalmente havia enxergado a verdade.

-Então é isto. Você nunca quis ser meu mestre, Lúcifer. Você só queria meu corpo, minha magia. Take Over, assumir o controle. Você me enganou para que eu deixasse esse ritual acontecer, a armadura é assim chamada porque domina a mente de quem a usa, você assumiria este corpo para conseguir sua vingança. -Ela deu um sorriso de lado e lutando foi se levantando. – Mas eu não deixarei. Você nunca assumirá o controle, mesmo que eu tenha que morrer por dentro lutando contra você, mesmo que tenha que enfrentar meus demônios interiores, não deixarei que possua minha mente. Agora sou eu a mais forte, você assumirá o controle quando eu me descontrolar enquanto estiver com a Take Over. E isso não irá acontecer. -Sophie se levantou e fez a espada demoníaca da armadura aparecer. – Você me treinou e agora, eu renasci das trevas. Você criou algo Estela da Manhã, que nem você pode conter.

Apertou o cabo da espada com força e abriu os olhos, que possuíam uma cor ainda mais profunda de azul.

-Sophie Sterling Rainsworth Artwaltz morre junto a meu coração.-Falou referindo-se ao fato de ter se apaixonado perdidamente pela Estrela da Manhã, e de ter sido traída por ele, para ela, o amor a partir de agora estava enterrado nas profundezas de sua alma.-E dessa morte...

Fechou os olhos e respirou profundamente, estendeu a espada ao céu, e quando os raios roxos iluminaram a escuridão, gritou:

-NASCE EVILIS MORGENSTERN!

O barulho dos trovões misturado a neve, anunciavam o nascer de uma guerreira feita de trevas.
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:07 pm

Adoooro a fic (L)
sinto pena da Sophie, em parte x3
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:08 pm

Eu também adorei <3 Só vou é sentir pena do Len quando descubrir ç_ç
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:10 pm

Já sinto pena do Demitri u.u''
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:11 pm

xD E o Alexander quando descubrir irá a expulsar de Ekalyon ? o.o
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:11 pm

Muita gente vai sofrer com essa revelação :c'
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:14 pm

Está mesmo perfeito, lindo *_*
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:20 pm

Ela só se tornou Evilis porque ninguém nunca depositou confiança nela e porque ela ficou cega pelas trevs, ninguém pode culpá-la porque iss tmbém aocnteceu a Kathy. Mas sim, vão sofre
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 1:24 pm

Como você mesmo disse, ficou completamente cega pelas trevas. Como alguém confia só no capiroto em pessoa só por um sorriso? G_G'
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeDom Ago 14, 2011 2:13 pm

Inocência. A Sophie era inocente e ingênua demais, por isso acreditou~
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeTer Ago 30, 2011 5:33 am

Muito lindo, boa descrição
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeTer Nov 01, 2011 1:27 pm

A Princesa Do Alvorecer Mtm83l

Disclaimer: Nos capítulo 3 e 3.5 a Sophie não aparece. É uma história complementar, leiam se quiser, mas acho que vai ser realmente importante para entender o que acontece nos últimos capítulos. Créditos as séries: Os Encantados de Ferro de Julie Kagawa, As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin e por último, ao jogo Bayonetta, e mais alguns outros que não lembro no momento.

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Nosso mundo não é o único. Nunca foi e provavelmente nunca será. Além dos portais dimensionais existem universos e mundos completamente diferentes, suas criaturas por vezes são tão complexas que um ser humano, mágico ou infernal não consegue compreende-las. Esse era o caso da terra mística de Arcádia.

Como todo o princípio, só havia o caos e a escuridão. Então, uma luz surgiu: Elysthea, uma deusa que irradiava poder. Essa deusa criou um mundo com quatro grandes nações, divididas em quatro grandes raças, Fadas, Anões, Elfos e a quarta raça, que nunca possuiu realmente um nome. Após a criação, Elysthea criou quatro virtudes: Fortitudo, a fortaleza e a coragem, O Portador das Chamas; Temparantia, a temperança, A Dama da Luz; Sapientia, a prudência, A Controladora dos Oceanos e Iustitia, a justiça, A Senhora do Equilíbrio. Depois, criou os quatro primeiros seres de cada raça para serem seus líderes, e logo depois deu a vida aos súditos daqueles reis, depois disso, seu poder restante se tornou um objeto de grande luz, que foi dado de presente à filha favorita de Jubileus. Aquela filha era Mab, Rainha Ancestral das Fadas. Cada uma das virtudes se tornou guardiã de um reino.

O mundo seguiu daquele modo desde então. Entretanto, a quarta raça e seu território passaram a se tornar uma ameaça às outras três e então A Rainha Mab, O Rei Ancestral dos Elfos Balder, e O Rei Ancestral dos Anões Shenial uniram seu três povos e avançaram contra o território protegido por Iustitia. A guerra foi feroz, muitos caíram em combate. No final daquela guerra sangrenta, o quarto território foi extinto junto à raça e o rei que a governava, e graças à magia usada na guerra, aquele lugar se tornou uma terra arrasada, na crescia, não havia vida. E assim nasceu o Purgatório, a região que divide os três reinos.

Os Elfos, Corte Seelie ou do verão, era um lugar incrivelmente belo. Cheio de cores variadas e vibrantes, lá nunca era frio e as árvores pareciam ser feitas de prata e ouro, era um lugar belo, quase um paraíso, aquele país também era chamado de Alfheim. Os elfos eram exímios arqueiros, geralmente altos e com orelhas grandes e pontudas. A Virtude que os protege é Sapientia, a prudência, e apesar de seu poder celestial, a mais narcisista dos quatro guardiões.

Os Anões, a corte do fogo ou do ferro, diferente de Alfheim, era um verdadeiro inferno. Ao contrário dos dois outros reinos, os anões se encontram nas profundezas da terra, onde correm rios de puro magma e o calor e o cheiro de ferro é tão forte que qualquer outra raça morreria lá, esse país também era chamado de Nidavellir. Seus habitantes eram em geral baixos, com membros musculosos e com barba, óculos e roupas resistentes ao calor. A Virtude que os protege é Fortitudo, a fortaleza e coragem, que é meio irritado e protetor.

As Fadas, corte de Unseelie ou do inverno, é o extremo oposto do país dos Elfos. Era igualmente bonito, mas lá era sempre frio, o verão era curto, e neve mesmo que suave estava lá. O céu reflete cores como rosa claro, lilás e azul, dando um ar místico ao país que também é chamado Niflheim. Mab era a filha favorita de Jubileus, então a ela foi dado um presente: A Coroa da Luz, um objeto de armações brancas com uma pedra ametista no centro. Diferente de uma coroa comum, ela tem vida e escolhe o herdeiro do trono, aqueles que têm direito, mas não são escolhidos podem usá-la, mas irão ser consumidos por um poder que não possuem. As fadas, mesmo na mesma família, possuem poderes elementais não hereditários, ou seja, uma mãe poderia controlar o fogo, o pai a terra e o filho vento. Existem elementos mais raros como a Tempestade e apesar de Niflheim ser o país do inverno, esse poder é o único reservado apenas a um descendente legítimo de Mab. As fadas possuem asas de cores variadas e os encantados (Como são chamadas as fadas masculinas), voam sem asas e possuem orelhas como as de um elfo. A capital desse país é Aventheim, onde se encontra o magnífico Castelo da Harmonia, morada da realeza Unseelie e a Árvore da Vida, onde se diz que repousa os espíritos dos antigos reis e rainhas. Na fronteira com o Purgatório, se encontra a Fortaleza Negra, uma enorme fortificação de pedra sólida negra, que possui quatro grandes torres e em cada uma, a bandeira negra com a lua cruzada de espadas roxa da corte do inverno, sua construção foi ordenada por Mab, mas foi no reinado do seu filho Heyward que foi terminada, e ele ordenou a cabeça de todos que a construíram, apenas a nobreza poderia conhecer os mistérios daquele lugar. A guardiã de Niflheim é Temperantia, a temperança, a mais bondosa e amável das virtudes.

Em Acárdia, a paz nunca foi longa entre as nações. De tempos em tempos sempre havia guerra. Anos atrás havia um Rei da corte Unseelie. Ele estava sentado sem seu trono e observava o céu que pouco a pouco perdia as cores e tornava-se negro, trazendo a noite. Era um homem em torno dos cinqüenta anos, de cabelo castanho escuro, olhos esverdeados e longa barba, sentava-se num trono branco com detalhes em prata, perdido em seus pensamentos. De pé ao seu lado havia uma mulher de cabelos loiros lisos de tamanho médio, usava uma tiara feita de ouro que parecia um sol, franja caindo um pouco nos olhos dourados brilhante, pele esbranquiçada, usando um vestido amarelo com detalhes amarelo claro e dourado e capa branca. O Rei Aron, ainda sem tirar os olhos do céu, perguntou a jovem moça.

-Acha que devo contar a eles sobre minha decisão, Temperantia?- O home perguntou virando-se para a virtude, que apenas respondeu com uma voz suave.

-Há poucos dias estávamos à beira de uma guerra com o povo de Nidavellir, e fizemos um acordo de paz. Mas os termos desse acordo... Eles têm o direito de saber. Quer que eu os chame?- Aron apenas acenou com a cabeça. Temperantia abriu suas longas asas angelicais brancas e saiu voando ao encontro dos herdeiros do inverno.

O primeiro a chegar foi o filho do meio, Oberon. O príncipe era um homem de aparentemente vinte e quatro anos, de longos cabelos negros e lisos no joelho, olhos verdes, pele branca e usava roupas nobres da cor da noite, uma espada pendia presa ao cinto. Ele era o mais cruel, ganancioso e ambicioso dos três filhos, nasceu com o raro poder da Tempestade e era um guerreiro frio.

Depois dele, entrou na sala alva e prata uma menina que não passava de seus dez anos, cabelos lisos e castanhos na cintura, franja contornando a face, olhos verdes expressivos, pele branca e asas feitas de metal puro e na cor prata. Usava um vestido azul arroxeado simples com detalhes em renda negra, meias compridas brancas e sapatos de boneca pretos. Aquela era Titânia, ou como o povo gostava de chamar: O Anjo de Metal. Era doce, amável e afável, querida pelo povo.

-E onde está... -Aron foi cortado por alguém abrindo a pesada porta prateada com força, e se postando ao lado dos irmãos.

-Desculpe a demora, velhote! –Falou a recém-chegada, seguida por Temperantia.

Aquela menina não tinha jeito, pensava o monarca. Era sua filha mais velha, Belion. Tinha cabelos loiros claros, compridos e lisos num belo penteado, olhos lilases que tinham um leve brilho, pele branca como a neve e asas da cor de suas íris. Usava um vestido branco nos joelhos, com gola alta com um laço rosa – avermelhado, mangas compridas e com rendas na ponta, botas brancas. Ela era a única dos filhos de Aron que possuía os mesmos poderes da mãe, que era descendente legítima da Rainha Ancestral Mab. Apesar de tudo, Belion era rebelde, dizia o que queria e não tinha medo de ninguém. Desde que a Rainha Gwendolyn morrera dando a luz a pequena Titania, a mais velha protegia e cuidava da irmã como uma mãe. Ela era a escolhida da Coroa para ser a herdeira, e Aron sabia que ela merecia.

(N/A: Como pode Belion ser a mais velha e não Oberon? Bem, os membros da família real quando chegam a certa idade param de envelhecer. Aron tem 6.559 anos, Belion: 170 anos, Oberon tem 110 e Titânia realmente possuí apenas 10 anos, ainda está crescendo)

-Não tem problema, Belion. -Disse com calma. – Os chameis aqui porque fiz a paz com os anões. –Os três herdeiros arregalaram os olhos, mas a única que falou foi a bela fada de inverno.

-E o que pediram em troca? Os anões não daria sua tão amada paz de mão beijada. – Falou a herdeira do trono, em seu tom usual.

Aron olhou de relance para Temperantia que apenas fez que sim com a cabeça.

-A mão de uma das minhas filhas em casamento. – As princesa o olharam, surpresas. - Titânia se casará com o Rei Gorigath!- Após aquela frase, a sala caiu em um silêncio mortal. Oberon mantinha-se quieto, mas era perceptível seu sorriso debochado e satisfeito, Titânia olhou para o chão e teve que ser muito forte para não chorar, e depois do choque, a mais velha quebrou o silêncio.

-Como é que é velhote?-Perguntou. Seu corpo tremia de ódio. - Titânia é só uma criança! Ela não pode se casar com Gorigath, pelo amor de Jubileus pai, você não pode fazer isso!- Gritava num misto de raiva, tristeza e decepção.

-Não, maninha!-Disse uma voz extremamente triste, mas decidida. – Se é pelo bem do meu povo, me casarei com o Rei de Nidavellir. - A mais velha olhou para a mais nova sem acreditar, a temperatura do recinto caiu no mínimo vinte graus e as coisas começaram a congelar, a princesa saiu da sala e correu para seu quarto no alto do castelo.

O quarto de Belion era amplo, nas cores lilás e brancas, mas na escuridão da noite e luzes apagadas, parecia a cor da bandeira de Niflheim. Havia uma janela por onde entrava uma luz realmente fraca, e ali havia algo como uma almofada, feita para se sentar. Acomodou-se e encostou a cabeça no vidro, e ficou observando a Árvore da Vida, coberta pela neve. Abraçou os joelhos e leves lágrimas correram de seus olhos. A princesa da corte unseelie, estava acabada. A idéia que a irmã mais nova, que sempre protegera com empenho desde que a mãe morrera dando luz a pequenina, ia ser tirada dela e obrigada a se casar não entrava na mente da futura rainha.

A porta foi aberta e alguém se aproximou da princesa, dando-lhe um abraço reconfortante. Belion fechou os olhos, ela sabia quem era. Desde que a mãe morrera, Temperantia havia sido como uma para a fada do inverno, e a jovem sabia que apenas ela poderia aconselhá-la naquele momento de dúvida, incerteza e medo.

-O que eu faço Temperantia?-A virtude suspirou, e a princesa continua a falar. -Mamãe nunca concordaria com algo do tipo.

-Tenho plena certeza que Lady Elyon não concordaria, e obrigar sua majestade a cancelar este casamento, mas ela não está aqui, não poderá intervir por sua irmã. – A temperança falou com certa cautela, Belion apenas balançou a cabeça como se concordasse.

-Mas existe algo que possa ser feito? Eu não sei mais o que fazer. - Temperantia hesitou com a resposta que ia dar, ela sabia que era perigosa, mas era a única a ser dita.

-Existe. Entretanto, qualquer caminho que decida escolher exigirá um grande sacrifício e as consequências vão vir, e algumas serão terríveis. Só você pode tomar essa decisão Belion, sinto muito, mas se eu lhe revelar mais respostas, elas serão inválidas. - Disse quase num sussurro, deu um beijo na bochecha de Belion e se retirou, deixando a herdeira ficou novamente sozinha.

O silêncio se apoderou novamente da sala, a princesa do inverno encarou a árvore novamente. E na noite gelada, Belion fez sua escolha, o que ela teria que pagar era alto demais, mas ela estava disposta a fazer qualquer coisa por quem ela mais amava.

-•-

Era o dia do casamento de Titânia e Gorigath. Nas torres do palácio a bandeira negra e roxa divia os mastros com a vermelha e dourada. Naquele dia, uma princesa das fadas se casaria com um rei das forjas. Apesar de ser filho de pai anão, ele tinha uma estrutura normal, já que era fruto de um casamento entre o antigo rei dos anões e uma princesa élfica para fazer a paz. Tinha cabelos prateados nos ombros e rebeldes, olhos vermelhos que pareciam labaredas, por viver debaixo da terra sem a luz, sua pele era naturalmente pálida. Usava roupas feita a mão nas cores vermelha e dourada.

No altar na catedral que era um anexo do Castelo da Harmonia, Gorigath que parecia ter a mesma idade de Oberon e estava diante da pequena Titânia que usava negro e roxo, as cores de Niflheim, além de sua tiara prata com uma ametista no centro. Estavam diante de Aron que estava prestes a oficializar o noivado, mas algo os interrompeu. Alguém entrou na sala e atravessou o tapete vermelho até perto do altar e ajoelhou-se diante do rei.

Seu cabelo loiro claro estava em parte preso por uma fita roxa, trajava vestido da cor da noite nos joelhos, na gola havia renda e um laço da mesma cor do cabelo, tinha renda também no fim das mangas e no fim da saia, botas negras nos joelhos. As asas lilases combinavam perfeitamente com as roupas. Ainda tinha na cintura uma espada sem bainha, de lâmina que parecia feita de gelo, cabo negro com uma pedra de ametista no centro, aquela era Schnee, a espada que pertencera a Mab, que apenas uma princesa de inverno poderia erguer.

As duas cortes olhavam a primogênita de Aron com certa curiosidade, ninguém esperava aquela interrupção, apesar de terem notado sua ausência.

-Pai... –Ela começou em tom baixo.- Eu gostaria de pedir uma coisa.- Belion levantou a cabeça e encarou Aron nos olhos.-Permita-me casar com Gorigath no lugar de Titânia!-Falou a última parte alto e claro, para as duas cortes ouvirem. Os nobres de Nidavellir e Niflheim pararam de respirar por um momento. Temperantia que estava ao de Fortitudo, um homem mais alto que ela, de pele branca, cabelos vermelho alaranjados e olhos sangue trajando roupas vermelhas, sorriu para a princesa.

Gorigath não pode deixar de conter um sorriso e Titânia estava chocada com a ação da irmã, mas não tanto quanto o rei das fadas.

-Belion, não pode fazer isso!- O pai da herdeira falou, erguendo-se do trono. A princesa mais velha também se ergueu e encarou o pai nos olhos.

-Como você mesmo disse: Posso e vou!- Havia muita determinação em sua voz, ela falava com seu coração. – Sei o preço e estou disposta a pagá-lo!-Sua voz era alta e soava como um trovão.

Aron a olhou não com raiva, mas com apreensão e um pouco de temor.

-Você deverá abdicar trono que é seu por direito. Perderá seu título de Princesa e abandonará seu lar. Está mesmo determinada a pagar tal preço?- Perguntou o Rei Encantado.
Ela apenas confirmou com a cabeça.

-Tudo para impedir que Titânia tenha que passar por isso. Eu, princesa Belion da corte das fadas, abdico de meu legítimo direito ao trono, pelo bem da minha irmã. -Quando terminou de falar, a Coroa da Luz na cabeça de Aron brilhou e feixes brancos e lilases envolveram Belion, e minutos depois parou. Ela olhou para si própria sem compreender.

Foi Gorigath que primeiro se pronunciou após o show de luzes.

-A Coroa... Eu sabia que ela dava um dom a quem subisse ao trono e fosse o legítimo herdeiro, mas alguém que abdica?-O rei dos anões questionou, mas logo depois sorriu. – Isso prova que o amor de Belion por Titânia é tão puro que a coroa lhe de um presente pelo sacrifício: O poder para sobreviver em Nidavellir. Pois bem, eu aceito sua proposta, Belion. E gostaria que levasse em conta o preço que sua filha pagou pela irmã, Aron. - Terminou, e a fada de inverno lhe lançou um leve sorriso.

-Diante do preço que ela pagou, como poderia negar?- Indagou o Rei das Fadas. -Pois bem, no nosso acordo, Belion substituirá Titânia!

-•-

Estava na hora do crepúsculo quando a corte dos anões ia partir. Belion agora era Rainha dos Anões, e ia se despedir de sua família, afinal, passaria um longo tempo sem vê-los.

Abraçou o pai com uma força absurda, e pediu para que ele fizesse um bom trabalho como rei e garantisse que a Coroa escolhesse um herdeiro descente. A Oberon limitou-se a passar reto diante dele. O príncipe deveria estar explodindo de felicidade, Belion sabia que o irmão a invejava e queria o trono que era dela, mas tinha medo de enfrentá-la. Sem ela, ele seria rei. Para Temperantia, a loira a abraçou com força e derramou leves lágrimas, agradeceu por tudo que esta tinha lhe feito e pediu para cuidar e proteger a irmã.

E quando finalmente chegou à sua pequena princesa, Belion a abraçou com força, enquanto a pequena chorava. Separaram-se, e Titânia reuniu coragem para falar.

-Maninha... Por favor, não me deixe... – Disse juntando as mãos próximas ao coração, a rainha sorriu.

-Não posso meu anjo. Gostaria de poder estar aqui contigo, mas... Tenho um dever a cumprir. –Ela disse e pegou sua espada e estendeu para a irmã. - Pegue, é sua.

Titânia arregalou os olhos, incrédula.

-Mas é sua espada, Belion!-Falou surpreendida. - É uma relíquia de Mab, só uma verdadeira princesa de inverno como você pode empunhá-la. -Olhou para a irmã, que fechou os olhos.

-É isso que você é: Uma princesa do inverno. Pode não ter o poder de Mab ou meu, mas por dentro você é completamente uma de nós. Não tema minha pequena, a espada lhe aceitará como mestra. -Explicou a ex-princesa das fadas. Relutante, Titânia pegou a espada, era mais leve do que pensava. Em suas mãos ela brilhou um pouco, reconhecendo a pessoa que a empunhava como sua senhora. A pequena princesa olhou para a irmã e sorriu.

-Obrigada Belion... Por tudo. –Agradeceu a menina olhando no fundo daqueles olhos lilases. A mais velha pegou as mão da irmã.

-Me prometa que será forte. Que encara seus problemas de cabeça erguida. Prometa-me que será a minha anjinha de ferro, que será uma grande guerreira, nobre, honrada, que não desistirá com facilidade, me prometa que será forte Titânia. - Pediu Belion com a face mais séria.

-Eu prometo Belion. Eu vou ser forte, não importa os desafios que irão aparecer, eu irei superá-los. – As irmãs se abraçaram uma última vez, a rainha dos anões deu um beijo na testa da pequena e se distanciou, indo para o lado de seu marido.

Quando as carruagens da corte dos anões desapareceram no horizonte, Titânia apertou o cabo da espada.

Ela cumpriria sua promessa, não importava a que preço.


Última edição por Aegina em Ter Mar 05, 2013 2:46 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeQua Nov 09, 2011 11:15 am

Eu já tinha lido x3 Gostei muito
Continua ~
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeQua Nov 09, 2011 11:46 am

Obrigada Takeur, vou continuar assimq ue vier inspiração >_>'
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitimeSáb Nov 12, 2011 11:05 am

Gostei muito continua xD
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MensagemAssunto: Re: A Princesa Do Alvorecer   A Princesa Do Alvorecer I_icon_minitime

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